Escola Secundária de Amares venceu o concurso organizado pela PORDATA
A Escola Secundária de Amares venceu o concurso organizado pela PORDATA, a base de dados estatística sobre Portugal Contemporâneo, criada pela Fundação Francisco Manuel dos Santos e pela RBE, a Rede de Bibliotecas Escolares. O trabalho dos alunos de Amares resultou de um desafio lançado com a formação realizada por mais de 2000 alunos, muitos professores e professores-bibliotecários de mais de cem escolas de todo o país. A Escola Secundária de Amares foi umada vencedoras, juntamente com a Secundária Augusto Cabrita, do Barreiro, e da Secundária de Caneças, tendo marcado presença, no dia 10 de Maio, na Escola D. Pedro V, em Lisboa, para receber o respectivo prémio das mãos do sociólogo António Barreto, presidente do Conselho de Administração da Francisco Manuel dos Santos, numa cerimónia que contou também com a presença da Professora Maria João Valente Rosa, Directora do Projecto PORDATA e da Dra. Teresa Calçada, Coordenadora nacional da Rede de Bibliotecas Escolares.
Os alunos Carla Silva, Clara Martins e Ricardo Costa, do 12ºC, integrados na disciplina de História A, realizaram um trabalho intitulado Portugal, meio século de mudança: 1960-2010. O objectivo passava por destacar as transformações verificadas no nosso país – em termos políticos, económicos, sociais ou culturais.
Em Lisboa, na representação da Escola Secundária de Amares, estiveram o professor Jorge Brandão Carvalho, responsável pela Biblioteca, a professora Cristina Bastos, da disciplina de História A e o aluno Ricardo Costa.
Confrontado com duas questões do Professor António Barreto, o aluno referiu ter sido o 25 de Abril, ao longo do meio século de estudo, a principal mudança em Portugal: “Tudo está ligado. Não podemos ver as mudanças políticas, sociais ou culturais de forma isolada. O 25 de Abril foi a principal, porque trouxe uma enorme mudança política e, com isso, também económica, social e cultural”. Contudo, apesar da maior abertura de Portugal ao exterior, deixando de ser um país fechado em si mesmo e de proclamar a máxima de “orgulhosamente sós”, Ricardo entende que a melhoria das condições de vida foi um pau de dois bicos: permitiu maior conforto mas, por outro lado, trouxe endividamento. “Se temos cem, nunca poderemos gastar mais do que isso. Gastamos oitenta, noventa… Nunca cento e um ou cento e dois”, concluiu.